terça-feira, 8 de setembro de 2009

FREITAS BRANCO EM ABBEY ROAD


Pedro de Freitas Branco, 42 anos, músico português a viver actualmente no Brasil, franqueou as portas de Abbey Road em 2002 para masterizar uma canção sua de homenagem a George Harrison.

”Compus I Believe (In Love) uns meses antes da morte de George Harrison. A notícia da doença do “quiet one” levou-me a agradecer a imensa quantidade de inspiração recebida ao longo dos anos.

"E em poucos minutos, de madrugada, saiu-me a canção que seria ponto de partida para um novo disco de Pedro e os Apóstolos, Formigas em Férias (Vidisco, 2002).

"Iniciava-se assim, naquele momento, uma inesquecível jornada musical, em que vários sonhos se foram tornando realidade”, contou Pedro de Freitas Branco.

”No começo, fui surpreendido por Rick Corcoran, de Liverpool, génio por detrás dos projectos Orange e Orgone Box. Contra todas as expectativas, Rick aceitou o convite para produzir o disco – com a colaboração de Tim McTighe. Depois, o próprio Rick exigiu que os últimos passos da produção – a masterização -, fossem dados nos lendários estúdios Abbey Road.

”A 5 de Fevereiro de 2002, dois meses após o último adeus de George, entrei em Abbey Road, sentindo-me privilegiado e olhando para tudo como uma criança deslumbrada.

"Jamais esquecerei a visita guiada pelo imponente Estúdio 1, onde, por exemplo, "All You Need Is Love" foi gravado. E onde, por mais incrível que pareça, ninguém me impediu de tocar "Let It Be" no piano de cauda.

“Na verdade, Rick Corcoran escolheu Abbey Road para que pudéssemos usufruir do equipamento analógico, vintage, à disposição na sala de masterização. O mesmo equipamento utilizado no "Revolver", dos Beatles, ou em "The Piper At The Gates Of Dawn", dos Pink Floyd.

"Ou seja, o objectivo era conferir ao som do disco um pouco da atmosfera daquela época mágica. Chris Ludwinsky foi o engenheiro de som escolhido. O mesmo que gravou Pete Townshend, Thin Lizzy, Sakamoto, ou Damned.

”Finalizada a masterização, todos os olhares viraram-se para mim. Queriam uma opinião, um sentimento. Não me lembro o que respondi, mas os versos que escrevi em homenagem ao George teriam sido apropriados: now that I’ve found a warmer place to be, out in the street all the world looks free, like me…”.

Descontente com a sua carreira em Portugal, Pedro de Freitas Branco transferiu-se para o Rio de Janeiro onde mantém uma intensa actividade musical ligada às versões dos Rolling Stones, outra das suas paixões.

É ainda vocalista-guitarrista dos White que conhece sucesso nos bares do circuito carioca mais independente (www.myspace.com/whiterocksyou).

O primeiro álbum da banda, "Rocking Land", estará à venda no Brasil no princípio de Outubro.

now that i've found
a warmer place to be
out in the street
all the world looks free
like me

now that i've found
what i wanna do
happiness can't be
too good to be true
like you
life can lie
i believe
life can lie
i believe
i believe in love

now that i've found
a magical mistery tour
where all the lovers
are flying away on a bus
like us

life can lie...

maybe tomorrow
we'll miss the past
runnin' fast
there is no sorrow
in my mind
i just feel fine
life can lie...

6 comentários:

(S)LB disse...

...e acima de tudo, é uma excelente pessoa e um bom amigo!

Abraço do 'paulista'

filhote disse...

Outro abraço para ti, (S)LB, do carioca!

Ié-Ié: só faltou tornar claro que os White acabaram de gravar o primeiro disco, "Rocking Land", e que o mesmo estará à venda, no Brasil, no início de Outubro...

Aliás, os interessados podem clicar no link apresentado no final do texto e ouvir "Rocking Land" na íntegra.

Jack Kerouac disse...

Grande Pedro !

gin-tonic disse...

Só há minutos acabei de ler a empreitada 09.09.09. que Mr. "Ié-Ié" colocou por aqui e a que apenas faltou, como diz Kerouac, a divulgação dos sítios por onde ele andou a falar de uma das suas paixões - The Beatles. A modéstia não desculpa tudo. Aliás não desculpa nada.Mas como vai ser marcada uma sessão de tremoços para a esplanada do senhor que lhe oferece os porta-guardanapos da Coca-Cola deste pormenor tratarei. O resto apenas para dizer que o 09.09.09 não ficava ao meu gosto completo sem esta tua prestação, caro Filhote. Gostei, como se diz por aí.
E um grande abraço.

gin-tonic disse...

Não sendo conhecedor profundo de nada, não seriam os Beatles que iriam fazer excepção. Vi-os aparecer, são msmo rapazes do meu tempo, gosto de muitas canções, considero Revolver, Abbey Road, Sgr. Pepers três belissimos álbuns ,mas nunca fiquei, como se costuma dizer, apanhadinho. Do que até agora li - e ainda não li tudo - lamento que uma das minhas teses de conspiração tenha sido pouco - quase nada - abordada: que foi a senhora Yoko Ono a principal responsável pelo fim dos Beatles. Sim, sou sispeito na matéria e,como não sou perfeito, não gosto da pequena.

ié-ié disse...

Pareces o Lloyd Cole, Gin-Tonic!

LT